Por: Mr. Magu*
Na semana passada, toda a Araioses
esteve atenta a um dos momentos mais deprimentes da nossa política desde o
início do período eleitoral. A justiça havia determinado que o “radialista”,
Daby Santos, tinha que dar direito de resposta à prefeita e candidata ao cargo à
reeleição à prefeitura municipal pelo PSD, Luciana Marão Félix, popularmente
conhecida como Luciana Trinta. Nos dias anteriores houve ampla divulgação tanto
na internet, tv e carros volantes chamando a população a acompanhar o pronunciamento
da prefeita na rádio. A população criou grande expectativa para o que a
prefeita teria a dizer, pois o “radialista” teria afirmado que a prefeita não
seria mais candidata e que ela estaria mentindo quando afirmava que continuava
na disputa eleitoral. Ele aproveitou para fazer críticas à gestão da prefeita e
ao seu esposo, o ex-deputado Federal, Remi Trinta.
Quem ouviu o programa desde o começo,
lembra que o “apresentador” em nenhum momento havia anunciado a ida da prefeita
no programa. Quem se fez presente à Rádio viu desde o início a má vontade do
dito “profissional” em cumprir a determinação da justiça. Ele quis cercear o
direito da imprensa, da Tv Difusora Araioses, de registrar a fala da prefeita, confundindo
uma instituição pública, que é de propriedade de todos nós, como é a Rádio
Comunitária, em uma instituição de propriedade particular. Na prática é assim que
essa rádio funciona, o que é ilegal. A Rádio Santa Rosa tem um “cidadão” que se
acha dono da rádio e se vê no direito de determinar quem fala e quem entra na
rádio. Vendo que não tinha razão e nem argumentos para restringir a entrada dos
acompanhantes da prefeita, resolveu ceder, pois sabia que a ida da Luciana
Trinta à emissora, já era resultado de um descumprimento da lei, por sua parte,
e não queria ser acionado judicialmente outra vez.
O Projeto de Lei, PLS 141/11 exige
a proporcionalidade entre resposta e
agravo, devendo o Direito de Resposta ser exercido pelo ofendido no prazo de 60
dias, contado da data da primeira divulgação, sendo feita com o mesmo destaque,
publicidade, periodicidade e dimensão. Obedecendo a lei que lhe atende, a
prefeita começa a sua defesa, mas tão logo o “radialista” vê que a prefeita se propõe,
para além de sua defesa apenas, explicar o porquê o “radialista” havia partido
para agressões a sua pessoa e ao seu marido, ele fecha o microfone e dá por
encerrado o Direito de Resposta, descumprindo o que o PSL 141/11 determina.
Daí por diante é um festival
de agressões gratuitas feitas de parte a parte. O comunicador deixa o microfone
aberto, acredita-se que essa atitude tenha sido pensada de forma premeditada, permitindo
com que os ouvintes acompanhassem todo o imbróglio.
A justificativa do comunicador
é que a prefeita não deveria criticá-lo no seu local de trabalho, ele acredita que
só a ele é permitido agredi-la como faz há quase 4 anos. Durante todo esse tempo,
nunca havia sido incomodado. Já a prefeita insistia que a justiça tinha lhe
dado o direito de usar o espaço da rádio para se defender das acusações
levianas do “radialista” e que esperava que a lei fosse cumprida por ele. Um
sujeito, que se disse advogado do Daby, sentindo-se acima da lei, parte para
agredir verbalmente a todos, desde a prefeita até o cinegrafista da prefeita,
que se sentindo ofendido, inicia a sua defesa aumentando o clima de
animosidade.
Por fim a prefeita decide sair
da rádio, sendo acompanhada pelos seus assessores e pelo “radialista”. Depois que
a prefeita entra no carro, Daby aproveita para esbravejar contra ela, se
fazendo ouvir por umas duas dúzias de pessoas que acompanhavam a tudo em frente
à rádio. Em um dos trechos audíveis foi possível ouvir ele bradar: “... o
buraco aqui é mais embaixo”, o que lhe rendeu uma instantânea e sonora vaia dos
presentes, obrigando-o a se refugiar no interior do prédio, sem antes dirigir-lhes
um gesto obsceno.
Para compreender o que o “radialista”
se referia, devemos fazer um breve regresso na história da política da nossa
cidade. No início de 2011 a prefeita pediu espaço na Câmara Municipal, para
além de fazer sua prestação de contas, responder às críticas dos vereadores que
todos os dias exigiam a sua presença para prestar esclarecimentos sobre várias
críticas feitas pelos edis de
oposição. A prefeita respondeu a todos os questionamentos e os criticou pelas
acusações infundadas. O dito “radialista”, na época, ficou possesso com o
comportamento dos vereadores, que segundo ele, permitiu à prefeita “desmenti-los
e desmoralizá-los” no próprio local de trabalho. Um dia depois ele já esbravejou
no rádio, que queria ter a oportunidade de ter a prefeita em “sua” rádio, para
fazer as suas críticas e não deixá-la falar, quem iria desmoralizá-la seria
ele.
Somente agora teve a oportunidade
de cumprir o que prometeu. E assim tentou fazer, mas mais uma vez, a Luciana
Trinta teve argumentos suficientes para desmenti-lo o que o irritou e o fez
pedir-lhe para sair, temendo ser desmoralizado pela Luciana, como o é pela
grande maioria da população de Araioses.
O que pode-se ouvir pelas ruas
de nossa cidade, desde o dia do ocorrido, são muito mais manifestações de apoio
à prefeita. Muitos já chegam a afirmar que as críticas feitas pela oposição até
hoje, são infundadas, proferidas por aqueles que não tiveram a oportunidade de
assumir um cargo público na gestão da Luciana ou que perderam a oportunidade de
“mamar nas tetas do governo” como faziam, deliberadamente, nos governos
anteriores.
Esperamos que a partir de
agora, com a ação da justiça, o respeito pelos gestores, candidatos,
autoridades, imprensa e a população em geral, impere. Que a justiça seja
respeitada em detrimento de desejos particulares, que fazendo uso de afirmações
levianas acabam por ofender e denegrir a imagem de quem não merece. Que aqueles
que se dizem donos da verdade, possam ver no outro, um adversário, mas não um
inimigo. E que todo o povo araiosense seja respeitado e que cenas lamentáveis
como a ocorrida na Rádio Santa Rosa, não mais ocorra em nossa cidade.
* Comentarista político do Blog
da Tv Difusora de Araioses
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