Por: Mr. Magú
A epopeia da oposição de formar
um “chapão” se parece muitíssimo com a parábola narrada por Jesus no Novo
Testamento das Escrituras Sagradas do Cristianismo, especificamente a do homem
néscio que edificou sua casa sobre a areia. Vindo a torrente e ventos fortes a
casa caiu, e foi grande a sua ruína (Mateus 7:24-27). De fato vai ser preciso
esperamos mais alguns meses (ou não) para vermos como será a queda.
Há alguns meses víamos a oposição
divida em várias cabeças de chapa. Chegou-se a contar mais de 10. Com o passar
do tempo algumas candidaturas se consolidam como a da Valéria Leal, filha do Manin;
a do Chico do PT; a do Expedito Coutinho; a do Pedro Henrique e a da Luciana
Trinta que busca a reeleição. Com a proximidade das convenções partidárias a
coisa se afunila e novo personagem entra nessa história, o Haroldo Nascimento
(filho do Zé Tude).
No início a candidatura do
Haroldo era uma mera especulação, mesmo porque o próprio pré-candidato afirmava
que não tinha recursos para bancar uma campanha que será uma das mais caras dos
últimos anos, que será bancada com recursos de pelo menos três prefeituras
(Araioses, Santa Quitéria e Magalhães de Almeida) sem descartar gordos recursos
do Governo do Estado. Há pouco mais de um mês Haroldo lança seu nome, vai à
Rádio e começa a negociar com outros pré-candidatos para formar uma chapa única
da oposição, um “chapão”, imediatamente o seu nome passa a figurar como o
favorito da oposição. O que surpreende é que de uma hora para outra consegue
recurso para ostentar com grande pomposidade e negociar cargos, já que é
funcionário público em Brasília, e até onde se sabe, o salário não é suficiente
para bancar nem mesmo campanha para síndico de prédio. No entanto, a
justificativa é simples, o Haroldo teve que se render ao sistema e abdicar do
desejo de se manter o mais afastado possível da família, tendo renegado até
mesmo o sobrenome do pai (Cardoso), adotando (Nascimento).
A falta de recursos o obrigou a
repensar a sua decisão e ao aceitar o apoio do Zé Tude, Haroldo teve que
aceitar as imposições do pai nos rumos da sua candidatura. Haroldo, que em um
primeiro momento conseguiu reunir parte da oposição em torno do nome dele, teve
que acatar as decisões do pai, o que viria a prejudicar muitíssimo a sua
liderança política na oposição.
O ponto principal foi a escolha
do vice na chapa. Haroldo é obrigado a sucumbir ao seu desejo pelo nome do
Chico do PT, pelo do pai que tem uma dívida antiga com os Machados, que exigem
o nome do Clauber. Essa atitude faz com que haja um êxodo em massa de outros
nomes da oposição que se certificam que o Haroldo é mais do mesmo, e que não vai
ser ele que vai governar. Ele é apenas uma marionete do pai, da mãe e do irmão.
Voltemos à parábola da Casa
Edificada de Jesus. Tanto a Luciana Trinta, como o Manin começaram a edificar
as suas casas (campanha) há vários meses, por vezes discreta, outras mais
evidente. A diferença entre os dois é a forma que fazem isso. Enquanto ela
procura realizar as obras que eram o desejo antigo dos araiosenses e sondar discretamente
lideranças políticas nos vários povoados; Manin até aglutinou várias
lideranças, mas caiu no erro de fazer doações “eleitoreiras”, aquelas que todos
sabem só almejam obter vantagem, no caso, futuros votos. Já o Haroldo buscou
consolidar o seu nome e a oposição em poucos meses (sobre a areia). É fruto de
um grupo que age por impulso, sem planejamento, e quem é arquiteto sabe que uma
casa tem que ser construída a partir da planta, e não levantando as paredes
para depois colocar o alicerce. O futuro dessa edificação, como já previra
Jesus, está fadado à ruína.
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