O blog do Kenard teve acesso hoje ao depoimento do capitão PM Fábio
Aurélio Saraiva Silva no processo que investiga o assassinato do jornalista e
blogueiro Décio Sá. O militar foi preso porque o assassino Jhonatan disse que
havia um capitão envolvido no crime, sem citar o nome de Fábio Aurélio.
No depoimento o capitão
afirmou não conhecer e nunca ter ouvido falar nos nomes dos suspeitos de
participar direta ou indiretamente no assassinato. Confirmou, porém, a relação
com Júnior Bolinha, que conheceu quando ambos eram criança no bairro do Ipase.
Que ambos foram se reencontrar
adultos quando Bolinha era proprietário de uma revenda de veículos na Avenida
dos Africanos. Que depois ficara sabendo que Júnior Bolinha fora representante
da Coca-Cola em Santa Inês e, por último, trabalhava com aluguel de máquinas
pesadas.
Foi a partir de um ano e meio
que Fábio Aurélio e Júnior Bolinha passaram a se comunicar com mais frequência
por conta de afinidades relativa aos filhos (ambos são pais de filhos únicos
de mesma idade). Isso teria possibilitado encontros contínuos como aniversários
e programas afins.
O capitão afirmou que por
conta desses encontros as esposas também se tornaram conhecidas. Negou, no
entanto, ter qualquer tipo de relação comercial com Júnior Bolinha. Disse, ainda,
que sua esposa, Suzene Alexandra, é proprietária, em sociedade com o irmão
(cunhado do capitão), de uma empresa de funilaria e pintura automotiva. Já
havia sido divulgado que a empresa pertencia ao capitão.
Um nome novo
Pela primeira vez, em depoimentos
divulgados pela imprensa e por blogues, surgiu o nome de Paulo Roberto Pinto
Lima de Oliveira, conhecido como Carioca. Este já foi denunciado pelo blogueiro
Luís Cardoso como sendo agiota.
A polícia perguntou ao capitão
Fábio Aurélio se ele conhecia Carioca. A resposta foi a seguinte: há mais ou
menos um ano, ao coordenar uma confraternização do batalhão de choque, Fábio
Aurélio pediu apoio ao coronel Betão, que lhe passou o número do telefone de
Carioca e este ajudou com material. A partir daí se conheceram e passaram a de
vez em quando se comunicar.
O capitão Fábio Aurélio
lembrou que em certa ocasião Carioca lhe pediu ajuda, pois o sogro (de Carioca)
havia batido o carro. O capitão indicou-lhe a empresa de funilaria da esposa.
A polícia quis saber ainda se
alguma vez Carioca havia pedido a indicação de algum policial de sua corporação
para fazer cobrança. Fábio Aurélio respondeu que o pedido nunca lhe foi feito e
que não tem conhecimento de que qualquer membro de sua corporação tenha feito
serviço dessa natureza para Carioca.
Perguntado como funciona de
forma organizacional o acautelamento de arma dentro da PM do Maranhão, o
capitão Fábio Aurélio respondeu que as armas ficam sob a responsabilidade do
comandante de cada unidade. E que as armas de uso do batalhão de choque são
Taurus PT100, Imbel .40 e 840.
O capitão afirmou que tem uma
arma de uso pessoal, uma Taurus PT 24/7 Pro, que toda a munição dessa arma é
proveniente do mesmo lote e que não efetua disparos com a arma há mais de 10
meses.
Ao final Fábio Aurélio voltou
a reafirmar que o convívio social com Júnior Bolinha “está adstrito a
convivência familiar estabelecida entre suas mulheres e filhos.
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