O Maranhão registrou, no ano passado, sete assassinatos resultantes de conflitos no campo, aponta relatório nacional divulgado na segunda-feira (7) pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Foram três mortes a mais do que em 2010, quando as questões fundiárias resultaram em quatro homicídios. O número de 2011 põe o Maranhão em 2º lugar entre os estados do país que tiveram assassinatos no campo. O Pará, com 12 mortes no ano passado, é o líder do “ranking”. Bahia (3 mortes), Rondônia (2), Mato Grosso do Sul (2), Pernambuco (1), Amazonas (1) e Acre (1) completam o quadro dos estados em que os conflitos no campo deixaram mortos.
De acordo com a CPT, foram assassinados no Maranhão, em 2011, o líder rural Cícero Felipe da Silva (Santa Luzia, em 6 de fevereiro); o índio Tazirã Ka’apor, 20 anos (Centro do Guilherme, em 31 de março); o assentado João Conceição da Silva, 29 anos (Santa Luzia, em 24 de setembro); o líder quilombola Valdenílson Borges, 24 anos (Serrano do Maranhão, em 2 de outubro); uma criança indígena awá-guajá não identificada (Arame, em 30 de outubro); o quilombola Delmir Silva, 57 anos (Serrano do Maranhão, em 7 de novembro) e o assentado Júlio Luna da Silva, 60 anos (Arame, em 8 de dezembro).
No Maranhão, segundo a CPT, havia 251 conflitos no campo em 2011 (224 por terra, 23 por trabalho degradante e 4 por água).
A entidade também registrou em seu relatório de 2011 que houve, no estado, 4 tentativas de assassinatos no campo (em Bom Jardim, Montes Altos, Pirapemas e São Vicente Ferrer) e 116 pessoas estavam ameaçadas de morte, em mais de 30 municípios maranhenses, devido a conflitos rurais.
Neste ano de 2012, duas pessoas já foram assassinadas no campo, no estado: o líder rural Raimundo Alves Borges, o “Raimundo Cabeça”, 53 anos, morto a tiros em 14 de abril, em Buriticupu; e a cacique indígena Maria Amélia Pereira Guajajara, 52 anos, também assassinada por pistoleiros, em 28 de abril, em Grajaú.
FONTE: JORNAL PEQUENO ONLINE
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