sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ESTUDANTES ARAIOSENSES RESGATAM A HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

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Seis escolas de Araioses foram selecionadas para dar início ao projeto: Nossa Cultura, Nossa História. O projeto foi sugerido pela comissão do Selo Unicef do Município para a Secretária Municipal de Educação que de imediato abraçou a idéia. A primeira escola a apresentar suas atividades foi a Unidade Escolar Gonçalves Dias, na noite desta quinta-feira, 17, com o tema: Araios, raízes de um povo.
Centenas de estudantes, pais de alunos e populares se reuniram na Praça do Bairro Conceição em frente à Igreja de São Raimundo Nonato, para conferir as produções dos estudantes que buscaram resgatar a história dos primeiros habitantes do município.
Segundo a Secretária Municipal de Educação, Maria Salete Santos Gomes, o projeto, desenvolvido pela Prefeitura de Araioses por meio da sua secretaria, teve como objetivo principal trazer à comunidade parte da sua história resgatada pelos acadêmicos da própria comunidade. O resultado, segundo ela, superou todas as expectativas.
Para o coordenador do Selo Unicef no município, o professor, Valdemar da Costa Silva Neto, o evento serve para mostrar que a prefeitura vem investindo macicamente na educação do município, tendo a preocupação no resgate da história do povo araiosense. Ele acredita que por conta dessa preocupação, o município tem todas as condições de ser agraciado com o Selo Unicef – Município Aprovado, honraria que “será concedida no final de 2012 aos municípios que se tem ampla preocupação com a educação dos seus munícipes”, enfatizou.
Manoel, Ilma, Ana Flávia, Ana Maria, Cristina e Ana Cláudia
estudantes do 6º ano da Escola Gonçalves Dias
 O estudante, Edimar dos Santos, destacou que não conhecia a história do município a fundo. Ele descobriu, a partir de pesquisas, que 60% dos moradores do município são descendentes dos índios Araios, etnia que morava no local e que deu nome à cidade que completou este ano 73 anos de emancipação política. Para a estudante do 6º ano, Cristina, “por meio de entrevistas com avós, pais e vizinhos mais velhos foi possível montar um dicionário de palavras de origem indígena, algo já meio esquecido pelos mais novos que estão envolvidos com as linguagens mais universais, como o inglês e espanhol”, destacou a aluna com grande deslumbramento.
A assimilação da cultura do município por parte dos estudantes foi o destaque observado pela professora, Francinete Santos Gonçalves. Para ela, foi possível observar, durante a realização das atividades, o aumento do interesse pelos estudos, até mesmo dos estudantes menos motivados.
Maquete produzida com ajuda
dos alunos
No momento que foi apresentado o projeto para o Gonçalves Dias, a diretora da escola, Ana Cláudia da Silva Lula, sabia que seria um grande desafio. Hoje, vendo o resultado apresentado pelos alunos, se diz feliz em ver que muitos talentos foram descobertos como desenhistas, artistas plásticos e poetas.
Professora Francinete Santos e sua turma

 Para o professor, José de Ribamar Carvalho Filho, o projeto serviu tanto para os alunos como para os professores que se aprofundaram e ampliaram os seus conhecimentos sobre a história dos primeiros habitantes do município.




A LENDA SOBRE A HISTÓRIA DE ARAIOSES


Araioses se originou em uma aldeia de índios auto intitulados, Araios, ramificação da linhagem Tremembés que habitavam o litoral maranhense.
Imagem de N. Srª. da Conceição
Saídos do litoral próximo à Tutóia, os índios se embrenharam nas matas até chegar ao rio, batizado posteriormente de Magu, que tem suas nascentes no município de Santana do Maranhão, e foz no Rio Santa Rosa, um dos afluentes do Rio Parnaíba.
Os Araios se estabeleceram à esquerda do Rio Santa Rosa, por encontrar abundância de água potável e terras férteis. Alguns anos depois, chega ao local o mestiço baiano João de Deus Magu, junto com o companheiro Silvestre e Silva. Por ser bem expressivo, conseguiu a amizade dos nativos, firmando um pacto de amizade. Aos poucos organizou o aldeamento em moldes de uma civilização.
Em sua bagagem, João de Deus Magu, trazia uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, vinda de Portugal, adornada de ouro e prata, que ganhara de presente. Aproveitou para erguer uma capela na aldeia para venerar a imagem da santa e ao mesmo tempo, catequizar os índios.
Em 1748, uma nova capela foi concluída de frete para a margem esquerda do Rio Santa Rosa, local onde até hoje a igreja subsiste. A imagem da Santa, que se encontrava na Aldeia dos índios foi levada para o altar da nova capela.
Os índios do local, evidentemente, não gostaram da idéia e criaram uma artimanha para convencer os outros de que a imagem deveria voltar para o seu local de origem.
À noite,quando todos dormiam, entravam na capela e retiravam a imagem da santa. No caminho até a volta, faziam um rastro com os pés de uma indiazinha, como se fosse as pegadas da imagem que voltava para casa com os próprios pés. Alegam aos outros, que a santa queria retornar para sua antiga casa.

Depois de muitas tentativas de retornar a imagem ao local de origem, a estatueta foi acorrentada e ficou definitivamente na nova capela, onde hoje é celebrada todo mês de dezembro.


FONTE: TV DIFUSORA ARAIOSES

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